segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Carta para quem nunca Virá

Querida Raquel,
Hoje vi-te como nunca te vi antes. Olhei para ti, e algo mais que tu fazia sentir-se em mim. Algo bem mais que o que sinto por ti.
Nunca, em tão pouco tempo visual, fiquei tão satisfeita interiormente.. Uma canção linda entrou pelo ouvido e ainda a ouço. Estavas a viver a tua vida, como todas as pessoas que o querem fazer, mas tu és diferente. És sempre diferente. Estavas a viver a tua vida como sendo mais uma, apenas mais uma vida. Incrivel, parecias ter consciência disso mesmo. Estavas a sorrir aos teus amigos (entenda-se o que quizer da palavra "Amigo"). Estavas a sorrir-lhes, mas eu sei que nada foi tão falso como o teu sorriso naquele momento. Nem o que sinto por ti era tão falso..
Tentei abrir a embalagem que és para ver se gostava também do conteudo, já o fiz uma vez e chegou-me.
Prefiro imaginar-te, como se faz sempre que a verdade pode magoar, imaginar que és como eu quero que sejas e não és. Imaginar que estás comigo e gostas. Imaginar que a vida pode ser feita com dois bocados de Carne humana. Imaginar que te abraço como quem abraça Amor.
Não deixo de pensar em ti. Não sei porquê, não sei, acério que não sei. Tentei, agora já não, tentei tirar-te da memória por breves instantes. Arrancar-te dela como quem arranca flores no jardim. Mas não consigo, embriagaste demais o meu pensamento. Tudo o que resta são focos de luz quando desapareces da memória. É quando adormeço. Quando adormeço Raquel, e aí sonho contigo. Connosco.
A vida é tão injusta e tão falsa.
Um beijo de quem te adora desde que aprendeu a adorar,
Adriana.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008


Salvador Dali

Quando caiu, levanto-me. É a questão lógica das coisas.
Fazer força para acontecer o que queremos afasta apenas essas coisas. Quanto mais tentamos arranjar coragem para deixar vir ao de cima o nosso eu, cai em por terra todo o sonho do mundo ao notar que só faz com que tudo à nossa volta se afaste de nós próprios. Até nós nos afastamos... Tantas e tantas vezes. Tantas que nem vemos bem o número de vezes que acontecem.
Talvez hoje, ao passar ao lado do meu Pecado, e não ter conseguido dizer que me fazia o mal que me faz, me faça pensar que nem sempre temos o poder na entre as mãos. Nem todas as vontades são nossas (entenda-se: as dos outros também devem contar), nem todas as pessoas são Bens que possamos usufruir como se quer. A vida é bem diferente disso, tudo à nossa volta não nos pertence, nem nós. Terapia, preciso de Terapia. A do amor? Talvez, talvez por um momento só tenha fraquejado e pedido por ele. Agora já não. O meu Pecado não me deixa sonhar mais do que a realidade. Tenho os pés acentes no chão quanto a ela. Nunca poderei abraçá-la. Não conseguirei nunca vê-la em mim e sorrir. Apenas porque não existe, apenas porque é só imaginação. Apenas porque existe um corpo mas não uma alma.
Na forma de despedida,
Um adeus de quem volta,
Adriana.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Salvador Dali - Agonia.

Sempre me foi dificil começar alguma coisa. Não só por estar a começa-la como saber que não vou chegar a terminá-la.

Confesso que já fiz uns quantos Blogs e sem perceber porquê parei.

Talvez desta vez seja diferente, não só por eu própria já não ser o mesmo eu como por a vontade ser também diferente.

Na esperança de um dia melhor que ontem e hoje,

Voltarei possivelmente para nada mais que escrever,

Um beijo,

Adriana