segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Se tu soubesses

Se tu soubesses o quanto te amo!
Se soubesses o quanto penso em ti, o quanto te quero, o quanto luto contra os meus instintos, a minha própria essência por ti! Se tu soubesses! Se tu soubesses o quanto me custa ouvir ti a dizeres que não é para sempre, que não vais mudar por mim porque não sabes se mereço, que, que EU NAO MEREÇO? Como é possivel nao merecer? Pois, porque se tu soubesses, fazias tudo, não tinhas medo de lutar, não tinhas medo de dizer: Eu vou tentar por ti!
Se tu soubesses! Se tu soubesses corrias atrás de mim, deixavas tudo, porque, se tu soubesses, pensarias que faço parte de ti, que sou um bocado de ti!
Se tu soubesses, agradecias aquilo que luto por ti, contra tudo e todos, porque se tu soubesses, verias que há mais peixes no mar, mais graudos e que me fariam melhor..
Mas tu não sabes, pois não? Não tens noção desta escandalosa dimenção deste estupido amor que faz sempre ricochete em ti! Não sabes, pois não? Nem nunca saberás, porque tu não vês, mas se soubesses verias, mais, melhor, mais nitido... É que eu quero-te tanto, seu burro, estupido, seu cabeçudo de merda!
Eu quero-te tanto, e dou tanto de mim para isto acontecer! E tu não sentes, e eu nunca to direi em palavras, palvras estupidas, porque se o disser, deixará de existir. Sim, deixará de existir este estupido, ingrato amor que sinto sempre por ti! E até quando te odeio caralho, até quando te odeio te amo ardentemente, tanto tanto que quase explodo de emoção, o peito salta, e se tu soubesses o isso é!
Porque tu não sentes como eu, pois não? E porquê? Porque não consegues sentir o mesmo, desta maneira tresloucada!, que eu?
Se eu soubesse!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Amor

A verdade é que prefiro não te ter mais, do que ter a sensação que não te tenho.
A verdade é que enquanto me sentir ameaçada por tudo e por todos, não vou conseguir confiar mais do que confio.
A verdade é que se pusesse as mãos no fogo, ia ter medo de me queimar.
Eu ainda não sei quem sou, mas lamento mais pensar que sei quem és.


Tenho medo da vida.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Tempo

A vida corre, o tempo passa, a alegria morre. à quanto tempo estou aqui, aqui exactamente, para falar de nada e de tudo o que tenho aqui guardado para ti. Nada disto é real, ou será? Este amor, este ódio, este panico!! E que panico este de estar a existir agora, e nada significar. Porquê? Porquê pergunto, porque existo eu assim desta maneira tão sonolenta. Porquê eu, se nem vontade desta vida!

Não quero saber dos amigos, não quero saber de ti nem de mim nem dos animais nem de nada. Não quero nada. Deixem-me morrer devagar, devagarinho, neste canto escuro da sala, nesta tepida agua suja onde me molho e onde lavo as minhas duvidas. É tudo tão estupido! Como posso eu ter esta vida, ser este ser? Esta pessoa estupidamente inocente e esperta, quem fez de mim uma salada de emoções? Porquê eu, meu Deus, porquê? Eu nem sequer amo esta vida, este lar, este tudo! Eu não quero estar aqui! Quero ser uma erva, uma estupida erva, que nada mais faz que crescer para ser cortada. Não quero mais nada para mim Deus, só ser cortada e esquecer esta vida triste. Só quero adormecer e nada mais ser senão alguém. Alguém que não eu, por favor Deus, alguém que não eu, que já não me suporto mais.
Adriana Matos