quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Hoje, à beira de um banco amarelo vómito

Estava calor, não muito, o suficiente para se dar por ele. Vinte e tal pessoas rondavam à minha volta, porque estavam comigo. Não comigo, apenas no mesmo sítio que eu e à mesma hora. Estava a pensar na Raquel.. O mp3 passava Gotan Project, ora Celos, ora Amor Porteno, ora Amor de Cabaret. Estava quase a chorar, mas nem sabia porquê. Agora talvez compreenda melhor o que estava a pensar... Talvez seja mais fácil explicar que estavam a cantar os meus pensamentos, os meus sentimentos. Agora, já senti que não fará mais parte de mim. Não sei bem o quê, há duas pessoas diferentes em mim. Tentarei subir, apesar de a consciência ser dupla, e manter-me lá. Tentarei vezes sem conta, até que a unica coisa que falte em mim seja eu.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Formas

A moda permite mostrar as melhores formas de alguém, mas e se houver alguém que não tem forma? Forma de ser, forma de estar? Forma de gostar, forma de falar ou forma de dormir? Se não tiver formas? Como se inclui na sociedade um pedaço de beco sem saída? Como se corrige as não-formas de se ser? E já agora, porquê estar aqui a escrever?

Um beijo para quem o quiser,

Adriana Matos

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Raquelíssima anónima

Adriana Matos. Homossexual.



Hoje, sinceramente, só me apetece ouvir Yann Tiersen e pensar na Raquel. Basicamente, tudo anda à volta dela, apesar de ela nem pensar nessa possibilidade. Vi-a hoje... É tão linda. Mas não é minha. Espero que não seja de ninguém, pelo menos enquanto eu a conhecer, para não se me partir o coração de plástico. Ainda não sei o que sinto por aquela gaja... Uns dias, parece igual ao que se vê nos dias que correm, noutros, parece mais admiração, admiração pela pessoa que é. Não sei se sabe que existo... Existo? Ahahah, podia escrever tanto sobre existância!! Hoje, não sei se quero existir... A existência é relativo a partir do momento que se quer que o seja. Não me apetece escrever muito agora.. Volto mais tarde, talvez..

Adriana Matos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

"À morte, nunca ninguém se habitua"
Para quem não sabe, não tenho um Fernando Pessoa em casa, mas tenho uma excelente mãe.

Converseta para a valeta

Eu: Sabes, hoje sonhei com a Raquel... Sonhei que os óculos dela estavam pendurados num vidro de um carro e quando comentei contigo ela apareceu..
Ela: Está a começar a chover...
Eu: Ela estava sentada no café da Guida e imagina, de cor-de-rosa... A Raquel de cor-de-rosa (sorri)
Ela: Está mesmo a começar a chover...
Eu: (...) E depois fui falar com ela para a cave do café...
Ela: Os meus phones estão a falhar, já, fogo.
Eu (em pensamento): Era só o que estava a precisar, foda-se.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Carta para Nenhures

Hoje, querida Raquel, acusaram-me de não ser romântica. Será? Que me dizes a ouvir numa cassete um livro de Fernando Pessoa, enquanto se está a caminho de Paris apenas porque a noite é bela? Que me dizes a acordar e a unica coisa que consegues ver é o café Les Deux Moulins?
Não me importava, a sério que não, de testar limites contigo na Torre Eiffel. Também não me importava (talvez um bocadinho..) de fugir de tudo por instantes.
Contudo, não sou romântica Raquel. Não sou nem serei.
Não sou porque gosto de ti. Não sou. Não, porque em toda a minha vida, serei incapaz de dizer Amo-te sem emoção.
Não sou porque Tu existes.
Adriana Matos.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Tempos que correm (1)

Tenho a noção que tenho mais 10 anos que as outras pessoas da minha idade.
Cada vez mais se vê pessoas a dar uma importancia de 100% ao amor. Não Amor, apenas amor. Vejo que se sentem vazios quando não conseguem gostar de alguém (forçar sentimentos também é uma coisa linda de se fazer, claro, por isso é que o divórcio é tão bem aceite, tapa os erros).
Quanto mais vejo os outros gostar, menos me dá vontade de o fazer também (*Ver Nota). Claro que falo nisto por amanhã ser O Dia H, H de Horrivel. Sim, claro que digo isto por estar vazia quanto ao amor/Amor (*Ver novamente a Nota).
Quanto mais olho para os dias que correm, mais penso:
"Ai tempo, se pudesses andar para trás!"
Nota:
A Raquel, obviamente, não se inclui nisto. Não sinto amor por ela, mas... Gosto de pensar que a aprecio imenso, pronto e ponto.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Pensamento nº1

Adriana, Fotografia.

Nota: Não esqueçer de não olhar directamente para o tabaco que a pessoa que se gosta compra. Para além de nos fazermos de parvos, abrimos imenso os olhos e faz-nos parecer desesperados. Se se cair na tentação de olhar, NÃO abrir a boca. E se por acaso, abrirmos a boca NUNCA mas NUNCA devemos tirar macacos do nariz e metê-los lá dentro. Apenas porque é nojento.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Joe Sorren.

Quem me dera poder guardar os sonhos, para quando tivesse pesadelos conseguir entupi-los de esperança.

Nada em concreto

Hoje, ao ouvir Yann, chorei com lágrimas de crocodilo por uma vida mais consciente.
Temo que o Karma não perceba o porquê da adolescência e a minha vontade de fazer tudo em tão pouco tempo.
Sim, apenas fiz algo às escondidas e o Karma ia-me matando, fazendo-me cair pelas escadas.
Desculpa,
apenas faço o que o cérebro me pede,
e foi o que naquele momento me pediu.
Um beijo,
Adriana