quarta-feira, 18 de junho de 2008

Palhaçada em dia vermelho

Não sei se a verdade é esta, mas se for, na realidade nada existe. Muito menos a verdade. Não me parece que saiba sequer o que estou a escrever, ainda não sei o que escrevi, tenho que o ler primeiro. Nada somos, nada para além do vazio que não existe. Paciência. Continuo com a vontade de existir. Talvez um dia tente.
Adriana Matos

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Meia volta para dar ao mesmo

(Olá. Chamo-me Adriana. Hoje voltei a cair na doce tentação. Não sei o que me traz aqui. Quem me dera estar pedrada, seria mais facil falar. Estar presa, ah! Agonia de existir! Tento viver. Não me sai da cabeça o que se passou à uns tempos atrás. Abro o cérebro. Dele sai nada mais que tristeza eminente. Hoje não há correcção possivel. Sou pouco mais que erva comida por cavalos selvagens. Pouco mais que vento do leste. Pouco, tão pouco mais! )
Sinto-me, e sento-me. É um dia triste. Apesar de o sol brilhar, o som do vento faz-me chorar os olhos. Fecho-os. Nada se pode fazer agora. Um oceano de dor cai de novo aqui. Uma nuvem tapa o sol, ah! Não. Não vou continuar assim. Ou irei? Já nada sei. Passo na rua. Lá vai mais uma coitadinha, que se queixa da vida como eu. A triste. Quem me dera sê-la e não me ser, a mim! Vagueio. É um passeio pela mata, nada justo. Sonho acordada. Hoje o dia afinal não está assim tão mau. Dou um salto para o fundo do poço. Tropeço, enfim. Nada disso interessa. Interessa dizê-lo, dizer que não interessa. Da mala sai mais um cigarro. Marlboro. Ai!, esta minha vida de ser assim. Por mim passaram umas quantas senhoras, olhar de desdem, importar-se-iam? Duvidei disso. Nuvens cinzentas. Não!? O dia teria que estar bonito, contrastando com minha infelicidade. Palavra feia!
Tristemente vivo, e sou feliz por não viver vivendo!
Mais uma vez,
Adriana Matos