terça-feira, 15 de junho de 2010

O sonho acaba hoje, o sonho que me trazia tanto tanto.
Mas que sonhei eu hoje?
Morde-me a vontade de te ver, hoje, agora.
Suponho que nem tenhas pensado em mim nestes tempos, porque penso eu em ti?
Já nem sei se o que me move é o desejo de te ver sofrer, já nem sei se o que quero é real ou não
Existes sequer? Por onde andas? Há tanto tempo não te encontro eu! E nem quero, nem te quero ver, nunca mais te quero ver! Porque te odeio, odeio-te tanto! Como ainda não sentiste esta dor que trago comigo a toda a hora? Como andas tu, pateticamente sorridente, sabendo que eu te odeio tanto e te quero tanto mal? Odeio-te porque te quero demais, quero-te mais do que poderás tu querer alguma coisa, porque és inutil.
Eu, que sei que ainda tenho muito para dar (a ti não), aguento firme nesta luta desleal. E só eu tento remar, só eu vejo o que há à nossa frente. Tu, seu egoista bruto de merda, só estendes os pés no teu sofá. Tu, só pensas no teu enormíssimo umbigo. E eu também. Eu só penso em ti, estupido, eu só penso em te ter do meu lado, para te fazer mal. Ah! Como te quero ver sofrer nas minhas mãos! Abraçar-te de tal maneira que não fugisses nunca de mim! Trancar-te, amarrar-te, torturar-te com aquilo que nunca te darei: amor, porque eu não te sei amar. Eu quero-te todos os dias, todas estas horas que demoram a passar, mas quero-te longe, porque me magoas demais.
Aqui não tenho nada, nada para te dar a ti. Mostra-me que estás aqui, nunca te deixarei ir, prometo-te.
Eu nunca te abandonaria como se fosses um cão sarnento, como tu me fizeste a mim.