quarta-feira, 16 de julho de 2008

Whisky

Traz-me aqui hoje, qual sangue que corre em minhas veias, esta bebida que se por mim deixou beber.
Há quem diga, saber-se-à lá porquê, que ela é bebida de velhos. Discordo.
Aquece-me a alma e o corpo. Deixo-me invadir. És tão bom para mim, como mais ninguém sabe ser. Caiu de amores por ti, hoje. As minhas pernas flutuam, tudo é belo e doce. Tudo me seduz agora. Tudo me faz amar. Sei-te momentâneo, sei que não és duradouro como queria que fosses. Mata-me mais uns neurónios. Leva-me contigo, para sempre, à felicidade quimica em que me envolves.
Hoje, Whisky, és a melhor coisa que conheço. Hoje, amo-te (que quer isto dizer?) para sempre.
Hoje, deixo-me levar por ti para o Mundo que me dás a ver.
Consumir-te-ei eternamente, até que a overdose nos separe.
Adriana Matos