terça-feira, 15 de março de 2011

Quem me dera ser

Um poeta sem nome,
Uma casa sem porta e sem janela,
Um refrão sem letra,
Um vídeo sem imagem.

Eu queria ser tudo o que não fui, tudo o que não sou e tudo o que não serei. Queria sorrir sem mentir, viver com vontade. Queria sentir-me livre de mim, livre de toda a minha vida estupida e mediocre. Queria nunca ter conhecido o meu estupido pai, nunca ter conhecido aquela estupida casa e aquela faca nojenta. Quem me dera nunca ter conhecido os amigos de ocasião, que ficarão para sempre guardados na gaveta do esquecimento, nunca ter conhecido os falsos amores. Quem me dera poder saltar, voar para bem longe de mim e de tudo, longe deste planeta patético onde estamos mortos.
Quem me dera ser feliz, e não fingi-lo sê-lo !
Quem me dera ter um sonho e quiça vivê-lo!
Ah, quem me dera ter uma outra vida!

Ainda assim, agradeço toda a merda que aconteceu até hoje, até esta mesma hora de estar eu a rabiscar, pois por isso, não me puderá fazr cair por estar eu no chão à uma vida!

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