sábado, 24 de maio de 2008

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De tempos a tempos lembrasse-me a vontde de não querer viver. Esta saudade que me traz aqui, já não me trouxe porém noutras vidas? E a vontade de ter sede e ter fé! Quem, quem, tão grande e tão vazio se me pode colar às costas, mais um fardo este? Quantos de nós, pequenos ou pequeninos, somos querer ser? Esta vida, credo, que me deu alguém, não é nada senão estas linhas que correm num afluente lá longe. Esta vida, credo(!), é um bloco que caiu tristemente de um telhado qualquer. Enfim, senhores, quantas vezes dizemos coisas apenas por dizê-las? Quantas e quantas vezes falamos como eu agora nada do que queremos dizer? Sim, é da vida. A vida que nos constroi e corroi, aquela coisa que ninguém sabe de onde e para onde vem. Enfim, é da vida. Daquilo que nos traz e que um dia nos leva. Enfim.
Adriana Matos.

1 comentário:

'stracci disse...

É da vida sermos o que não somos; é da vida fazermos o que, na realidade, não queremos fazer.. Enfim..
De qualquer forma, escreves, de facto, muito bem.
Desculpa a intromissão.