sábado, 10 de maio de 2008

Dia a dia

Todos os dias fazia o mesmo caminho. Não se considerando rotineira, apercebera-se de quão mentirosa era. Afinal, todos os dias eram-lhe iguais. Todas os dias eram feitos e coloridos da mesma cor. Todos os dias, sem excepção eram feitos do mesmo tecido. E ela, pedra de açucar, vivia na sua mentira. Não se importava minimamente. era assim e pronto.
A sua vida estava num turbilhão de confusões. A sua vida resumia-se aos seus pés, a unica coisa que via à muito tempo. Todos os dias chorava um bocadinho, talvez com esperança de acalmar a dor que lhe saia do peito. Nada naquele momento fazia sentido. Muito menos ela. Cada dia, era mais um tormento que se lhe colava às costas, mais um fardo, mais uma cruz. Aqueles dias já nada lhe diziam. Emfim, em fim e por fim. É assim.
Adriana Matos.

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